LER DEVIA SER PROIBIDO

Gostei muito deste filme, quando foi passado pelas colegas no Seminário, da Professora Tânia, percebi o quanto é importante à leitura na vida do ser humano e logo associei com o nosso tema ele flui na comunicação e faz nos compreender os contextos sociais, políticos e econômicos. GRAMMONT, Guiomar de. Ler devia ser proibido. In: PRADO, J.; CONDINI, P. (org.). A formação do leitor: pontos de vista. Rio de Janeiro: Argus, 1999. p. 71-73. Guiomar de Grammont nasceu em 1963 na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais. Historiadora, dramaturga, filósofa, curadora, escritora e editora, especializou-se em Cultura e Arte Barroca no Instituto de Arte e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto. Dentre suas inúmeras obras, pode-se destacar os livros de contos intitulados “O fruto do vosso ventre”, “Corpo e sangue”, e o romance “A casa dos espelhos”. Durante os anos de 1999 a 2000, estudou na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, orientada neste período, pelo teórico francês Roger Chartier. A obra de sua autoria “Ler devia ser proibido” discute a importância da leitura e de como esta prática faz-se imprescindível para o desenvolvimento do pensamento crítico, criativo e reflexivo do indivíduo, tornando-o um ser atuante na sociedade e consciente da realidade que o cerca. Na construção do texto, Grammont utilizou-se da ironia para criticar que a ausência do ato de ler no meio social prepara e prende os indivíduos à uma existência voltada para a mera execução e repetição do trabalho, sem que este nunca questione ou mesmo alimente a imaginação. E a leitura, por sua vez, é entendida como uma ferramenta libertadora que propicia ao sujeito alcançar o conhecimento, o qual torna-se um mecanismo de poder concentrado, muitas vezes, nas mãos de poucos. É durante a infância que a criança tem os seus primeiros contatos com a leitura, primeiro a leitura do mundo, depois a leitura da palavra. Nesta fase, aguçam-se o pensamento criativo e reflexivo. Inquietada pela realidade em que vive, constantemente questiona o porquê das coisas serem como são e busca soluções, o que nas palavras da autora, pode torná-la um “adulto perigoso”. Outro ponto a ser destacado, é a leitura como fonte de prazer, da capacidade que este ato tem de despertar a criatividade, a inventividade e o devaneio através da interação entre autor, texto e leitor. Nessa perspectiva, as palavras são construídas e desconstruídas, provocam emoções, evocam lembranças e fazem enxergar mundos e seres jamais imaginados, tornando o impossível possível. Atualmente, há de se considerar que as tecnologias da informação e comunicação possibilitaram maior acesso ao conhecimento, não restringindo a leitura apenas ao documento em suporte físico, como também ao digital. Muitos são os recursos utilizados, a exemplo de repositórios, aplicativos e bibliotecas virtuais, os quais cada vez ganham mais adeptos. Portanto, o texto “Ler devia ser proibido” apresenta a leitura como uma prática subversiva que transpõe os muros da realidade, tornando os sujeitos conscientes de si e do papel que exercem na sociedade. Esta obra é indicada para àqueles que desejam discutir, debater e refletir sobre os contributos da leitura como importante ferramenta de compreensão do mundo.

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